O presente artigo faz uma discussão acerca das contradições existentes entre as políticas públicas de Educação Superior e o fechamento das escolas do campo. O estudo sobre a questão agrária brasileira aponta para o aprofundamento do modelo econômico que coloca os camponeses em confronto com o agronegócio e este último, por sua vez, se estrutura com a negação do trabalho do primeiro. Desta forma, as políticas implementadas de formação de professores que tem por objetivo suprir as demandas educacionais no campo, acabam por subsumir as próprias possibilidades de desenvolvimento de uma educação para os filhos da classe trabalhadora. As escolas fechadas e as que estão por fechar, representam o reflexo deste modelo perverso e contraditório. Encontrar saídas na organização dos trabalhadores parece ser a alternativa viável na conjuntura política e econômica em que vivem os camponeses no Brasil e em Sergipe atualmente.
Palavras-chave: Escolas do campo, Educação superior, políticas públicas.
This article discusses the contradictions between the public policies of higher education and the closing of schools in the countryside. The studies on the Brazilian agrarian question point to the deepening of the economic model that puts peasants against the agribusiness, and the latter is structured from the denial of the work of the first. Thus, the implemented policies of teacher education, whose purpose is to meet the educational demands in rural areas, subsume their own possibilities of an educational development for the children of the working class. The closed schools and those about to be closed reflect this perverse and contradictory model. Finding solutions in the working class organization may be a feasible alternative in the political and economic scenery in which the peasants in Brazil and in Sergipe live nowadays.
Keywords: Rural schools, Higher education, Public policies