Primitivo Moacyr publicou seu primeiro livro em 1916 já trazendo a marca dos demais volumes que viriam vinte anos depois: a instrução como responsabilidade do Estado. Apresento elementos visando compreender a publicação dessa obra, entre os anos de 1936 e 1942, em meio a um complexo cenário político e cultural. Dentre as interpretações existentes para esse período, acato a de modernização do Estado brasileiro, com destaque para a criação do Ministério da Educação e Saúde (1931) e o Instituto Nacional de Pesquisas Pedagógicas (1937). Tomo de empréstimo os ensaios de Sérgio Buarque de Holanda (1936), Raízes do Brasil, e de Caio Prado Jr. (1942), Formação do Brasil Contemporâneo, como contraponto para a obra de Moacyr: das raízes da educação brasileira nos tempos imperiais à formação da escola nova nos anos 30, discutindo o ofício desse historiador.
Primitivo Moacyr published his first book in 1916 already bringing the brand of other volumes that would come twenty years later: education as a state responsibility. In this paper I introduce elements aimed at understanding the publication of this work, between 1936 and 1942, amid a complex political and cultural scene. Among the existing interpretations of this period, I choose the modernization of the Brazilian state, highlighting the creation of the Ministry of Education and Health (1931) and the National Institute for Pedagogical Research (1937). I borrow the Sérgio Buarque de Holanda tests (1936), Raízes do Brasil, and Caio Prado Jr. (1942), Formação Contemporânea do Brasil, as a counterpoint to the work of Moacyr: the roots of Brazilian education in imperial times to formation of the new school in the 30s, discussing the craft of this historian.