Teorias de elipse tais como as de Merchant (2003) e Johnson (2009) preveem certas restrições que impedem a realização de stripping em sentenças encaixadas. Wurmbrand (2017), no entanto, aponta para o fato de que nem todas as sentenças encaixadas com stripping são agramaticais, tanto em inglês, quanto em outras línguas. Para dar conta desta questão, a autora apresenta uma nova proposta, fazendo um paralelo entre a teoria de elipse e a de fases, prevendo a gramaticalidade de stripping em construções encaixadas sem CP. A generalização busca explicar o fato de que, enquanto sentenças encaixadas com stripping são agramaticais com a presença do “that” no inglês, elas se tornam gramaticais sem este elemento. Tal hipótese, no entanto, parece insustentável quando olhamos para uma língua como o Português Brasileiro (PB), em que a presença do complementizador “que” é obrigatória em sentenças encaixadas. O presente trabalho propõe uma nova explicação para esse problema, aproveitando-se da teoria de movimento de T-a-C como postulada por Pesetsky & Torrego (2001, 2004). Para isso, adota-se a hipótese de que o “that” do inglês não é um complementizador verdadeiro, mas sim uma instância de T em C. Esta nova proposta, além de também dar conta dos dados do PB, decorre naturalmente de pressupostos já adotados pelos autores para dar conta de outros fenômenos envolvendo a periferia esquerda das sentenças.
Ellipsis theories such as Merchant’s (2003) and Johnson’s (2009) predict certain restrictions that forbid stripping in embedded sentences. Wurmbrand (2017), however, points out that not all embedded sentences with stripping are ungrammatical in English or other languages. To account for this problem, the author presents a new proposal, which comes from a parallel between ellipsis and phase theory, predicting the grammaticality of stripping in embedded sentences that lack a CP. The generalization aims to explain the fact that, while embedded sentences with stripping are ungrammatical with the presence of “that” in English, they become grammatical without this element. Such hypothesis, however, seems unsustainable when we look at languages such as Brazilian Portuguese (BP), in which the presence of the complementizer “que” is obligatory in embedded sentences. The present work proposes a new explanation for this problem, considering the T-to-C movement theory as postulated by Pesetsky & Torrego (2001, 2004). Following these authors, we propose that “that” in English is not a true complementizer, but an instance of T in C. This new proposal, besides accounting for BP data, runs naturally from assumptions already adopted by Pesetsky & Torrego to account for other phenomena involving the left periphery of sentences.