O manganês é um elemento essencial para inúmeros processos fisiológicos, no entanto, em exposições prolongadas ou a elevadas concentrações pode apresentar toxicidade para diversos órgãos, motivo que o tornou objeto de estudo em pesquisas farmacológicas, comportamentais, neurológicas e ambientais em diferentes espécies de organismos. Assim, objetivou-se avaliar o dano causado por exposições aguda e crônica a este elemento, através da análise histopatológica do intestino de peixe-zebra (Danio rerio). As amostras foram incluídas em parafina para posterior processamento, e as lâminas foram coradas com Azul de Alcian e hematoxilina para observação e análise em microscopia óptica. Os resultados demonstram a capacidade do metal em causar alterações histológicas neste órgão, como fusão de vilosidades (em 0.5 e 4.0 mg L-1), e aumentar em mais de 50% o número de células caliciformes (em 8.0 e 16 mg L-1) na região analisada, principalmente nas mais elevadas concentrações de Cloreto de Manganês, e após exposição crônica, caracterizando uma possível inflamação do epitélio intestinal. Assim a análise histológica de intestinos demonstrou ser uma alternativa confiável para avaliação toxicológica. Destaca-se a importância do monitoramento das concentrações deste e outros metais nos corpos hídricos, dado a sua toxicidade.
Manganese is an essential element for many physiological processes. However, in prolonged exposures or at high concentrations it may present toxicity to several organs, which has made it an object of study in pharmacological, behavioral, neurological and environmental research in different organisms. Thus, it was aimed to evaluate the damage caused by acute and chronic exposures to this element, through the histopathological analysis of the zebrafish (Danio rerio) intestine. Samples were embedded in paraffin for further processing in rotating microtome, and the slides were stained with Alcian Blue and hematoxylin for observation and analysis under light microscopy. The results demonstrated the potential of the metal to cause histological changes in this organ, such as fusion of villi (in 0.5 and 4.0 mg L-1), and to increase by more than 50% the number of goblet cells (in 8.0 and 16 mg L-1) in the region analyzed, mainly in the highest concentrations of Manganese Chloride and in chronic exposures, characterizing a possible inflammation of the intestinal epithelium. Thus, the histological analysis of intestines demonstrated to be a reliable alternative for the toxicological evaluation. It is important to monitor the concentrations of this and other metals in the water bodies, given their toxicity.