Mulheres armadas: uma reflexão sobre as representações de gênero na participação das mulheres na Guerrilha do Araguaia.

Revista Em Perspectiva

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ISSN: 2448-0789
Editor Chefe: Ana Rita Fonteles Duarte
Início Publicação: 10/12/2015
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: História

Mulheres armadas: uma reflexão sobre as representações de gênero na participação das mulheres na Guerrilha do Araguaia.

Ano: 2017 | Volume: 3 | Número: 1
Autores: B. S. M. Silva, I. S. Carvalho
Autor Correspondente: B. S. M. Silva, I. S. Carvalho | [email protected]

Palavras-chave: História do Brasil, mulheres no Araguaia, ditadura militar, resistência à ditadura, esquerda armada.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Tomando como referência histórica a Guerrilha do Araguaia, confronto armado brasileiro transcorrido entre os anos 1960 e 1970 entre militantes de esquerda e forças militares do regime ditatorial instalado no Brasil em 1964, o presente artigo almeja analisar os jogos de representações de gênero que incidiam sobre as mulheres que ingressavam nos movimentos guerrilheiros, uma vez que elas distanciavam-se dos modelos sociais concebidos e esperados para as mulheres dos anos 1960/1970. A reflexão que se propõe é sobre o contexto social das mulheres guerrilheiras, bem como uma análise de seus papéis de destaque no desenvolvimento desses movimentos, em especial a Guerrilha do Araguaia. Para tal, analisa-se um relatório produzido pelo DOI-CODI em 1977 sobre o conflito na região do Araguaia, seus embates e, principalmente, seus participantes, assim como empreende-se uma análise da historiografia produzida sobre a atuação feminina nas guerrilhas, bem como sobre esses conflitos em geral. Dessa maneira, é possível açambarcarmos, mesmo que parcialmente, a Guerrilha do Araguaia e, especialmente, as mulheres que lá atuavam, tomando em análise as representações criadas pelos órgãos repressores, bem como pelos próprios participantes da guerrilha.



Resumo Inglês:

Taking as a historical reference the Araguaia Guerrilla, a Brazilian armed confrontation that occured along the 1960s and 1970s between left-wing militants and military forces of the dictatorial regime installed in Brazil in 1964, this article aims to analyze the gender representations focused on the women who entered the guerrilla movements, since they distanced themselves from the social models conceived and expected from the women of the 1960s and 1970s. The reflection that is proposed on this paper is about the social context of women in guerrillas, as well as an analysis of their prominent roles in the development of these movements, especially the Araguaia Guerrilla. For that, a report produced by DOI-CODI in 1977 on the conflict in the region of Araguaia, its conflicts and, mainly, its participants, is analyzed, as well as an analysis is made of the historiography produced on the female performance in the guerrillas, as well as how about these conflicts. In this way, it is possible to take part, even partially, in the Araguaia Guerrilla, and especially the women who were engaged in, taking into account the representations created by the repressive organs, as well as by the guerrilla participants themselves.