A (re)ssexualização do prazer: práticas sexuais nas obras de Pietro Aretino

Revista de História Bilros

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ISSN: 2357-8556
Editor Chefe: Prof. Dr. Francisco José Gomes Damasceno
Início Publicação: 30/11/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: História

A (re)ssexualização do prazer: práticas sexuais nas obras de Pietro Aretino

Ano: 2018 | Volume: 6 | Número: 13
Autores: Alloma Noara Pereira Modzelewski
Autor Correspondente: Alloma Noara Pereira Modzelewski | [email protected]

Palavras-chave: literatura, práticas sexuais, gênero

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho tem como finalidade refletir sobre as inserções de práticas sexuais nas obras Pornólogos I (1534) e Sonetos Luxuriosos (c. 1525). De autoria do escritor italiano Pietro Aretino, chamado por Jacob Burckhardt de “o maior detrator dos novos tempos”, elas são fortemente marcadas por uma escrita inflamada e forte apelo sexual. Como referencial teórico são propostos os estudos relacionados a representação diversa e heterogênea de um tratamento sexual por Paul B. Preciado e Jacques Rancière. Os conceitos “dessexualização do ânus” e “dildotectônica”, de Preciado, aliados à “partilha do sensível” rancieriana, colaboram para pensar um “comum partilhado” da escrita do sexo e de suas práticas. A escrita de Aretino, sobre essa ótica, extrapola a dimensão contemporânea do próprio autor, para ser então evocada no presente e partilhada no ambiente político, em diálogo com as questões de gênero.



Resumo Inglês:

This paper aims to reflect about the insertions of sexual practices in the works Pornólogos I (1534) and Sonetos Luxuriosos (c.1525). Written by the Italian writer Pietro Aretino, called by Jacob Burckhardt as “the greatest detractor of the new times”, they are strongly marked by inflamed writing and strong sexual appeal. As theoretical reference are proposed the studies related to the diverse and heterogeneous representation of a sexual treatment by Paul B. Preciado and Jacques Rancière. Preciado's concepts of “desexualization of the anus” and “dildotectonic”, allied to the rancierian “distribution of the sensible”, collaborate to think a "shared common" of the writing of sex and its practices. Aretino's writing, on this point of view, extrapolates the contemporary dimension of the author himself, to be then evoked in the present and shared in the political environment, in dialogue with the gender discussions.