O trabalho em equipe na saúde pública vem requerendo um olhar cuidadoso por parte de pesquisadores e profissionais da saúde,
na medida em que envolve conceitos complexos e propõe novas maneiras de lidar com as pessoas e gerir as organizações. Este
artigo aborda o tema da colaboração interprofissional, no contexto do trabalho da atenção primária à saúde (APS) e da Estratégia
Saúde da Família (ESF), destacando o papel do usuário como parte importante desse processo. Faz-se uma revisão conceitual sobre
o tema, que é problematizado em relação a outros conceitos, como: integralidade, autonomia, saúde como direito e participação.
Propõe-se que a valorização das práticas de cuidado em saúde nas famílias, entre vizinhos, nos grupos religiosos, nas iniciativas
culturais e esportivas locais e do entrelaçamento das distintas formas da assistência à saúde (formais e informais) pode ampliar
os horizontes da colaboração interprofissional, passando a considerar o usuário, família e comunidade como parte desse fazer
em saúde.
Teamwork in public health has required a careful look on the part of researchers and health professionals, as it involves
complex concepts and proposes new ways of dealing with people and managing organizations. This article addresses the theme
of interprofessional collaboration, in the context of working in the primary health care (PHC) and the Family Health Strategy
(FHS), highlighting the user’s role as a significant part of this process. We conduct a conceptual review on the theme, which is
discussed in relation to other concepts, such as: integrality, autonomy, health as a right, and participation. We propose that
appreciating health care practices in families, among neighbors, in religious groups, in local cultural and sports initiatives, and
the intertwining of various health care modes (formal and informal) can broaden the horizons of interprofessional collaboration,
starting to consider the user, family, and community as a part of this making of health care.
El trabajo en equipo en la salud pública ha requerido una mirada cuidadosa por parte de investigadores y profesionales de la
salud, ya que implica conceptos complejos y propone nuevas formas de tratar con la gente y gestionar las organizaciones. Este
artículo aborda el tema de la colaboración interprofesional, en el contexto del trabajo en la atención primaria de salud (APS) y
la Estrategia Salud de la Familia (ESF), destacando el papel del usuario como una parte importante de este proceso. Se realiza
una revisión conceptual del tema, que se discute en relación a otros conceptos, como: integralidad, autonomía, salud como
derecho y participación. Se propone que la apreciación de las prácticas de cuidado de salud en las familias, entre vecinos, en
grupos religiosos, en iniciativas culturales y deportivas locales y del entrelazamiento de las diferentes formas de atención de salud
(formales e informales) puede ampliar los horizontes de la colaboración interprofesional, y se pasa a considerar al usuario, la
familia y la comunidad como una parte de este hacer de salud.