No Brasil, a agropecuária é apontada como grande emissora de gases de efeito estufa (GEE), sendo os setores da pecuária e o uso do solo os que contribuem significativamente. Neste artigo se comparam as emissões de metano entérico, através do uso de equações do TIER 2, que considera a categoria do animal, o sistema de produção e a dieta, e pela técnica do gás traçador hexafluoreto de enxofre (SF6). Vinte búfalas adultas foram mantidas em baias individuais, onde recebiam dieta controlada, com níveis de adição de 0,00, 0,25, 0,50 e 1,00% de torta de dendê (Elaeis guineensis). As dietas foram semelhantes nas duas metodologias, em energia digestível e metabolizável. Esses dados experimentais foram obtidos no âmbito do Projeto PECUS. Os resultados evidenciaram médias de emissão similares entre as metodologias, exceto no tratamento com 1% de adição da torta de dendê (Tukey, 5%). A medição com o gás traçador SF6 possui sensibilidade para avaliar as emissões, entretanto, envolve custos elevados. O TIER 2 pode ser considerado alternativa de baixo custo para estimar as emissões de metano entérico de ruminantes no Bioma Amazônia.
In Brazil, agriculture and livestock are considered major emitters of greenhouse gases (GHG), with animal production and land being significant contributors. In this paper we compare the enteric methane emissions through the use of TIER 2 methodology, which considers the animal category, the production system, and diet type; we also used the sulfur hexafluoride (SF6) tracer gas technique. Experimental data were obtained from the PECUS Project. Twenty adult buffaloes were kept in individual stalls and fed with four diets consisting of 0.00, 0.25, 0.50 and 1.00% levels of palm cake (Elaeis guineensis). The diets were similar in digestibility and metabolizable energy in both methodologies. The results showed similar emission averages among the methodologies, except for the 1% level of palm cake. Thus, TIER 2 can be considered a good estimator of enteric methane emissions when the nutritional composition of the diet and other animal characteristics are known. Measurements with trace gas SF6 show good sensitivity to assess enteric methane emissions; however, they involve high costs, basically associated with the animals and their diet, skilled workers, equipment for sampling, and laboratory facilities.