O campo de dunas de Petrolina localiza-se na região do Submédio São Francisco em Pernambuco. Ele representa um importante patrimônio geomorfológico e paleoclimático, uma vez que indica a ocorrência de remobilização de sedimento por meio da ação eólica em períodos mais secos durante o Quaternário. Tais oscilações climáticas ocorreram durante o Pleistoceno e Holoceno, tendo estreita relação com o Último Máximo Glacial. A área investigada vem sendo ocupada por vários empreendimentos que ameaçam a estabilidade natural da paisagem. Diante desta realidade, foi desenvolvido um estudo que teve como ponto de partida um trabalho de campo, onde se procedeu a coleta de dados na área. Estes foram processados em laboratório e serviram como subsídio para avaliar o grau de estabilidade da paisagem, com base na Classificação Ecodinâmica de Tricart (1977). A partir desta proposta metodológica foi possível concluir que a paisagem do campo de dunas apresenta diferentes meios morfodinâmicos: Estável, Intergrade e Fortemente Instável, conforme será apresentado no corpo da pesquisa. Estes meios variam conforme o maior ou menor grau de intervenção humana e na manutenção da cobertura vegetal natural, que pode impedir ou impulsionar os processos pedogenéticos ou morfogenéticos, configurando a existência de diferentes arranjos espaciais.