Objetivo: Este estudo compara a saúde bucal, os hábitos alimentares e higiene bucal e a experiência odontológica de crianças com diabetes tipo 1 (DG) e saudáveis (HG) com menos de seis anos de idade. Métodos: As crianças foram escolhidas pareadas por sexo e idade em cada grupo. O status de diabetes da DG foi determinado usando os níveis de HbA1c: <8,5% (69 mmol/mol) foi considerado controlado e >8,5% não controlado. Os responsáveis foram questionados sobre higiene bucal, hábitos alimentares e experiência em atendimento odontológico. O exame bucal foi realizado para avaliar índice de cárie (ceod), placa e cálculo, bem como manifestações orais em tecidos moles. Os dados foram descritos e analisados pelo software SPSS 20.0 por meio dos testes Qui-quadrado. Resultados: No total, 68 crianças foram incluídas neste estudo. Crianças com diabete diferiram das saudáveis em relação à língua geográfica, hálito cetônico e xerostomia (p<0,05). Apenas 23 % (n=7) dos GD foram considerados como apresentando estado de diabetes descontrolados. Diferenças estatísticas entre o estado diabético controlado e não controlado foram observadas em crianças, como idade no diagnóstico, duração da doença, consumo de açúcar, visitas ao dentista, tipo de experiencia durante a consulta, presença de língua geográfica, cárie dentária, pneumonia relatada e xerostomia (p<0,05). Odontalgia foi a principal razão da ida ao dentista para as crianças DG. Conclusão: A saúde bucal e os hábitos alimentares das crianças com diabetes diferiram dos saudáveis. A maioria das crianças com diabetes nunca haviam ido ao dentista antes. Manifestação bucal e hábitos bucais divergem entre crianças com diabetes descontrolados e controlados.
Objective: This study compares the oral health, dietary and oral hygiene habits and dental care experience of children with type 1 diabetes (DG) to healthy ones (HG) under six years old. Methods: The children were chosen matched by gender and age in each group. Diabetes status from G was determined using HbA1c criteria levels: <8.5% (69 mmol/mol) was considered controlled and >8.5% uncontrolled. Guardians were asked about oral hygiene, dietary habits and dental care experience. Oral examination was performed in order to assess dental caries (dmft), plaque and calculus indexes, as well as oral manifestations in soft tissues. Data were described and analyzed by SPSS 20.0 software through Chi-square and T-tests. Results: A total of 68 children were enrolled in this study. Children with diabetes differed from healthy ones in relation to geographic tongue, breath acetone and xerostomia (p<0.05). Only 23% (n=7) of DG were considered as presenting uncontrolled diabetes status. Statistical differences between controlled and uncontrolled diabetic status were observed among children, such as age at diagnosis, disease duration, sugar consumption, dental visits, type of experience during dental appointment, presence of geographic tongue, dental caries, reported breath acetone and xerostomia (p<0.05). Toothache was the main reason that DG children had been to a dentist before. Conclusion: Oral health and dietary habits of children with diabetes differed from healthy ones. Most children with diabetes had never been to a dentist before. Oral manifestation and oral habits diverged from children uncontrolled and controlled diabetes.