Durante anos, a população do semiárido vive com problemas relacionados à falta d’água. Assim, políticas de “combate à seca” foram criadas, como construção de grandes açudes, com a intenção de minimizar os longos períodos de estiagens que atinge milhões de pessoas. Mas, com o passar dos anos entendeu-se que o combate à seca, instituída pelo Estado brasileiro, no início da década de 50, não é possível, pois esse é um fenômeno natural e não pode ser combatido. Daí, a sociedade civil organizada, em meados da década de 90, começou a se articular e buscar meios que trouxesse melhoria para a vida das famílias do semiárido brasileiro, então, assim começou a ideia de convívio com o semiárido, onde foram necessárias alternativas e tecnologias que contribuíssem para melhor aproveitamento da água da chuva que cai na região semiárida, surgindo assim tecnologias sociais de fácil replicação, conhecidas como cisternas. O presente trabalho busca compreender a importância das políticas públicas voltadas para o acesso à água e convivência com o semiárido destacando as cisternas como tecnologias sociais de fácil replicação, baixo custo e integração das pessoas que participam deste processo.
For years, the semiarid population lives with problems related to water scarcity. Policies of “drought relief” were created, such as construction of large dams, but with the intention of minimizing long periods of droughts that affect a millions of people. But over the years, it was understood that combating drought, instituted by the Brazilian government in the early 50s, isn’t possible, because this is one natural phenomenon and cannot be contained. Hence, the organized civil society, in the mid 90s, started to articulate and seek ways to bring improvements in the lives of semiarid Brazilian families, searching for alternative technologies that contribute to a better utilization of rainwater that falls on semiarid region, emerging socialtechnologies easy to replicate, known as tanks. This present achieve have as objective understand the importance of public policies, oriented to water access and coexistence with the semiarid, highlighting tanks as social technologies with easy replication, low cost and integration of people who participate in this process.