O sopro das imagens também vem de dentro
Revista Visuais
O sopro das imagens também vem de dentro
Autor Correspondente: Ícaro Moreno Ramos | [email protected]
Palavras-chave: Sobrevivência; Radioatividade; História da arte; Emanações da imagem; Fukushima
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
O presente texto aborda a exposição “Don’t follow the wind”, montada dentro da zona de exclusão do desastre nuclear de Fukushima, a partir de um diálogo com os conceitos warburguianos de “brisa imaginária” e de “sobrevivência”. O tema dos ventos é o promotor da co-incidência entre o trabalho em Fukushima e a teoria warburguiana, aqui conduzida pelo historiador de arte francês Georges Didi-Huberman. A hipótese trazida é a de que as obras da exposição carregam consigo um duplo emanar: por um lado, estão saturadas da radiação que as têm trespassado por anos; por outro, transportam a herança imagética das obras de arte numa cultura pós-nuclear - em que o perigo de um fim último sempre nos ronda.
Resumo Inglês:
The present text approaches the exhibition “Don't follow the wind", set up within the exclusion zone of the Fukushima nuclear disaster, from a dialogue with the warburguian concepts of "imaginary breeze" and "survival". The theme of the winds is the promoter of the co-incidence between the work in Fukushima and the warburguian theory, here conducted by the French art historian Georges Didi-Huberman. The hypothesis brought is that the works in the exhibition carry with them a double emanation: on one hand, they are saturated with the radiation that has pierced them for years; on the other hand, they carry the imagetic heritage of works of art in a post-nuclear culture - where the danger of an ultimate end always surrounds us.
Resumo Espanhol:
El presente texto aborda la exposición "Do not follow the wind", montada dentro de la zona de exclusión del desastre nuclear de Fukushima, a partir de un diálogo con los conceptos warburguianos de "brisa imaginaria" y de "supervivencia". El tema de los vientos es el promotor de la co-incidencia entre el trabajo en Fukushima y la teoría warburguiana, aquí conducida por el historiador de arte francés Georges Didi-Huberman. La hipótesis traída es que las obras de la exposición llevan consigo un doble emanar: por un lado, están saturadas de la radiación que las han traspasado por años; por otro, transportan la herencia imaginaria de las obras de arte en una cultura post-nuclear - en la que el peligro de un fin último siempre nos ronda.