Este trabalho tem como principal objetivo analisar e comparar as informações sobre a migração interestadual de retorno para todas as Unidades da Federação e Grandes Regiões brasileiras. Os microdados dos Censos Demográficos de 1980, 1991, 2000 e 2010 são a principal fonte de informações, com o fluxo estudado durante os quinquênios de 1975/1980, 1986/1991, 1995/2000 e 2005/2010. Os resultados apontaram manutenção no volume de retornados para os estados de nascimento, com o fluxo envolvendo algo em torno de 1 milhão de pessoas ou cerca de 20% das migrações interestaduais no conjunto do país, desde a década de 1980. Quanto à distribuição regional, o Nordeste se destacou durante todo o período como a principal área de recepção de retornados, representando o refluxo das saídas - do lugar de onde partiu o maior contingente de emigrantes, procede o maior número de imigrantes de retorno. Em nível estadual, o Ceará, Paraíba, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e o Paraná, tradicionais áreas de perda populacional, receberam os maiores percentuais de regressados.