A Realidade Virtual (VR) como narrativa de imersão tem sido explorada como uma proposta de inovação no jornalismo. O artigo discute como os vídeos 360º são utilizados no campo do telejornalismo, explorando suas principais características de produção e de linguagem, bem como as possibilidades de fruição no ambiente televisivo, no portal e nas redes sociais como narrativas imersivas. Apresenta a proposta de procedimentos que incluem a revisão de literatura com o estudo das correntes teóricas que discutem as definições técnicas de RV e RA, bem como a de jornalismo imersivo; estabelece o percurso histórico no cenário nacional do campo do jornalismo, além deanalisar um exemplo de utilização de vídeos em 360 graus como narrativa imersiva no telejornalismo, a partir da exibição da cobertura da Batalha de Mossul (Iraque) no telejornal SBT Brasil, de 4 de maio de 2017, a partir das etapas metodológicas de Análise de Conteúdo de Bardin (1977). Os resultados sinalizam as possibilidades dessas narrativas como potencializadoras de imersão e de informação jornalística, destacando que a maioria dos vídeos 360º graus é produzida com formatos jornalísticos televisivos, tendo a nota coberta e a reportagem como principais modelos. As imagens dos vídeos, mesmo consumidas sem óculos especiais, possibilitam a exploração de ângulosdo ambiente em que ocorre o acontecimento noticiado, operando como um dinamizador da sensação de presença do espectador no local da notícia.