Sobre a significância do passado para a ação presente e futura

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ISSN: 2318-1729
Editor Chefe: André Cabral Honor
Início Publicação: 08/07/2013
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: História

Sobre a significância do passado para a ação presente e futura

Ano: 2014 | Volume: 2 | Número: 3
Autores: Gudehus, Christian
Autor Correspondente: Gudehus, Christian | [email protected]

Palavras-chave: memória, experiências, passado, ação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Recordação e memória são fenômenos secundários. Preenchem funções vitais para a ação humana individual e coletiva. Assim sendo, precisam ser investigados neste contexto, e não como um tema sui generis. Uma forma de dar concretude a esta afirmação é combinando esses dois fenômenos com teorias da ação encontradas nas ciências sociais e nas ciências cognitivas. As teorias da ação, de diversas origens, são modelos que buscam reconstruir o comportamento individual. Partilham o pressuposto de que os atores interpretam as situações nas quais se encontram e iniciam ações de acordo com suas interpretações. Esse processo aparentemente simples baseia-se em várias condições. As percepções supostamente individuais de tais situações já estão previamente moldadas pela cultura. Adicionalmente, existem modos e padrões de interpretação baseados em experiências ou repassados de uma geração a outra. Portanto, os atores podem basear-se em modelos de ação já disponíveis dos quais têm maior ou menor consciência e que tanto podem resultar de um processo de avaliação reflexiva quanto ser aplicados automaticamente. Circulam nas ciências sociais e cognitivas diversos conceitos que descrevem essas experiências sedimentadas. Este artigo propõe uma expansão consistente do conceito de recordação/memória para incluir conceitos diretamente resultantes do passado. Esses conceitos abrangem eventos, relacionamentos, dependências etc. que não necessariamente precisam continuar existindo até o presente específico do qual se esteja falando. 



Resumo Inglês:

Remembrance and memory are secondary phenomena. They fulfill vital functions for individual and collective human action. Accordingly, they must be investigated in this context rather than as a subject sui generis. One way to realize this claim is to combine them with social-scientific theories of action.Theories of action of various proveniences are models that attempt to reconstruct individual behavior. Their commonly shared presumption is that actors interpret situations in which they find themselves and initiate actions in accordance with their readings. This seemingly simple process is based on various conditions: The allegedly individual perceptions of such situations already are culturally preformed. In addition, modes and patterns of interpretation exist that are based on experiences or passed on from one generation to the next. Therefore, actors can resort to ready-made models of action of which they are more or less aware and which can be either the outcome of a process of reflective evaluation or which are applied automatically. Several concepts describing such sedimented experiences are circulated in the social and cognitive sciences. This paper argues for a consistent expansion of the concept of remembrance/memory to include concepts that directly result from the past. These concepts comprise events, relationships, dependencies etc. that do not necessarily have to continue to exist up until the respective present being talked about.