O presente artigo estuda o passado recente de Goiás na expetativa de questionar os silêncios que obscureceram mulheres atuantes no cenário urbano em 1960. Propomos um exercício de reflexão histórica voltado para a interrogação dos silêncios no interior da Organização Vilaboense de Artes e Tradições (OVAT). No decorrer da narrativa problematizamos as políticas da memória e criamos espaços para que as mulheres silenciadas pudessem nos contar outras versões da história local, apagadas pelos jogos de poder e pela dominação masculina presentes nesta instituição cultural, criada em 1965.
This paper studies the recent past of Goiás in expectation of questioning the silence that obscured women working in the urban setting in 1960. We propose a historical reflection exercise focused on the question of silence inside the Vilaboense Arts and Traditions Organization (OVAT). In the course of the narrative we question the politics of memory and create spaces for women silenced could tell us other versions of local history, erased by power games and the male domination present in this cultural institution, established in 1965.