Autorreconhecimento e reconhecimento social de gênero como dispositivos de subjetivação bastantes para acesso às medidas protetivas da lei nº 11.340/2006

Revista de Direitos e Garantias Fundamentais

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ISSN: 2175-6058
Editor Chefe: Profa. Dra. Elda Coelho de Azevedo Bussinguer
Início Publicação: 31/12/2005
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Direito

Autorreconhecimento e reconhecimento social de gênero como dispositivos de subjetivação bastantes para acesso às medidas protetivas da lei nº 11.340/2006

Ano: 2018 | Volume: 19 | Número: 2
Autores: Bárbara Amelize Costa, Adalberto Antonio Batista Arcelo
Autor Correspondente: Bárbara Amelize Costa | [email protected]

Palavras-chave: Gênero, Identidade, Autorreconhecimento, Mulher transexual, Travesti, Lei n. 11.340/2006

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo propõe, a partir dos conceitos foucaultianos de dispositivos de subjetivação e de insurreição dos saberes sujeitados, uma análise de viabilidade constitucional e penal para que as mulheres transexuais e as travestis tenham acesso às medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha. Aspectos identitários de autorreconhecimento e reconhecimento social devem ser levados em consideração quando se determina o que é ser (tornar-se) mulher e, nestes termos, as medidas protetivas determinadas na Lei devem ser acessíveis às sujeitas que vivenciam papéis de gênero feminino



Resumo Inglês:

Based on Foucault’s concepts of subjectification devices and insurrection of subjugated knowledges, this article proposes an analysis of certain constitutional and penal feasibilities in order to allow transsexual women and transvestites to have access to the protective measures provided by the Brazilian Law popularly known as Lei Maria da Penha. Identity aspects of self-recognition and social recognition must be taken into account when determining the legal meaning of what it is to be (or to become) a woman. In these terms, this article proposes that the protective measures determined by Maria da Penha Law must also be accessible to subjects who experience feminine roles