No Brasil, os Corredores Ecológicos (CE) abrangem cerca de 2,6 milhões de km², incluindo Unidades
de Conservação (UC), áreas privadas e uma grande diversidade sociocultural. No entanto, a
implementação desses Corredores está voltada para as UCs, faltando políticas de gestão territorial
com enfoque na valoração de ativos ambientais. Este artigo tem como objetivo discutir o modelo
de pagamento por serviços ambientais (PSA) do CE Chapecó - SC, tendo em vista limitações e
desafios para a participação social. Para tanto, descreveu-se o processo de criação do CE Chapecó
e o modelo de PSA concebido. A adoção de um modelo privado de PSA pode resultar na priorização
de grandes áreas florestadas, excluindo pequenos agricultores. Já um modelo de gestão pública
ou mista possibilitaria a ampliação dos públicos-alvo do programa. O ingresso coletivo, o
monitoramento participativo e um Conselho Gestor paritário, são outros aspectos fundamentais
para garantir a participação social no programa
In Brazil, the Ecological Corridors (CE) cover about 2.6 million km², including Conservation Units
(UC), private areas and a great social and cultural diversity. However, the implementation of
these Corridors is normally based on the management of UCs. Policies of territorial management
focused on the valuation of environmental assets are still missing. This article aims at discussing
the payment for environmental services (PES) model developed for the CE Chapecó - SC, highlighting
limitations and challenges for social participation. In this sense, it was described the CE Chapecó
creation process and the PES model designed. The adoption of a private model for the PES
program may result in the prioritization of large forested areas, excluding small farmers. While
a public or mixed management model may expand the program target groups. Collective
admission, participatory monitoring and an equivalent Management Council are other key aspects
to ensure social participation in the Program