O objetivo deste artigo é refletir sobre como os povos indígenas habitantes do semiárido,
especialmente da região do rio São Francisco, atuam em defesa da preservação desse rio em um
momento em que o agronegócio avança e grandes obras como barragens e a construção do
canal para a transposição de suas águas estão em execução, transformando a relação que estes
possuem com o manancial e gerando vários conflitos socioambientais naquela região do País. Os
Estudos de Impacto Ambiental (EIA) não levam em conta a dinâmica daqueles povos originários
com a terra onde vivem e sua relação com o rio São Francisco. Baseados em levantamento
bibliográfico sobre os conflitos advindos desses projetos, concluímos que tais empreendimentos
repetem os erros do passado em relação a esses povos indígenas.