Este artigo é um ensaio sobre a prática do Acompanhante Terapêutico, em suas caminhadas pela cidade, compreendendo a rua como espaço clínico que possa favorecer a construção de condições de enunciações pedestres a seus acompanhados. Busca acompanhar a experiência da errância, na prática da deriva psicogeográfica realizada com sujeitos psicóticos, proposta no projeto de extensão “Isso mostra: Expressões do sujeito. Construindo enlaces sociais pela arte» realizado no Centro Universitário Metodista do Sul - IPA. Este projeto, relaciona as práticas de Acompanhamento Terapêutico ao trabalho em oficinas de criatividade, onde as trajetórias pela cidade transliteram-se em imagens e palavras escritas e desenhadas pelos sujeitos com diagnóstico de psicose. Considera-se que tais práticas permitam a seus participantes construir formas próprias de estar no mundo em situação, em relação, possibilitado um suporte expressivo para si mesmo e para o endereçamento aos seus outros, proporcionando-lhe reconhecer-se num laço social possível.