A violência contra a mulher constitui-se um grave problema de saúde pública que aflige as mais diversas classes sociais, na maioria, ocorrendo em seus próprios lares, sendo os principais agressores os próprios companheiros. O objetivo deste trabalho foi analisar a frequência de casos de violência contra mulheres assistidas por uma unidade básica de saúde e a relação destas com o agressor. Foi realizada uma pesquisa quali-quantitativa, de caráter descritivo e exploratório, através de visitas domiciliares à comunidade assistida pela USF Ipiranga, no município de João Pessoa, aplicando-se um formulário previamente elaborado. Os resultados das entrevistas foram analisados e convertidos em estatísticas. O estudo revelou que, das 14 mulheres entrevistadas, 21,4% relataram sofrer violência. As agressões contra estas ocorrem principalmente no espaço doméstico, sendo este dado relatado por cerca de 40% das participantes da pesquisa. Todas as vítimas relataram que o agressor era o próprio companheiro. Percebe-se, que os resultados também apontados por outros estudos, que indicam que cerca de 20% a 50% das mulheres no mundo ao menos uma vez foram agredidas por parceiros. Os serviços de saúde são importantes na detecção precoce de mulheres vítimas de violência, podendo reconhecer e acolher o caso antes de incidentes mais graves, já que a violência pode vir a afetar a saúde física e mental da mulher, trazer dificuldades em sua vida profissional, social e emocional, e ainda levá-la ao uso de drogas e a outros comportamentos de risco.
Violence against women is a serious public health problem that afflicts the most diverse social classes, mostly occurring in their own homes, with the main aggressors being their own partners. The objective of this study was to analyze the frequency of cases of violence against women assisted by a basic health unit and their relationship with the aggressor. A qualitative and quantitative descriptive and exploratory research was conducted through home visits to the community assisted by USF Ipiranga, in the city of João Pessoa, applying a previously prepared form. The results of the interviews were analyzed and converted into statistics. The study revealed that of the 14 women interviewed, 21.4% reported experiencing violence. The aggressions against these occur mainly in the domestic space, being this data reported by about 40% of the research participants. All victims reported that the perpetrator was their mate. It can be seen that the results also pointed out by other studies, which indicate that about 20% to 50% of women in the world at least once have been beaten by partners. Health services are important in the early detection of women victims of violence and can recognize and welcome the case before more serious incidents, as violence can affect women's physical and mental health, bring difficulties in their professional life, social and emotional, and lead to drug use and other risky behaviors.