Com este artigo objetivamos verificar como foi construída a equação AIDS = morte a partir do enorme impacto que a doença provocou em nossa sociedade, e de que idéias e ações têm se servido as pessoas vivendo com HIV/AIDS (pvha), os ativistas do movimento social de luta contra a epidemia de AIDS, dentre outros, a fim de ir desconstruindo tal equação. Neste trabalho discutimos o problema do início da epidemia e uma espécie de “terrorismo pedagógico” presente nas “educativas” do Ministério da Saúde do Brasil na década de 80 e começo da década de 90, que se mostraram ineficientes, alarmistas e preconceituosas gerando com isso a idéia de AIDS = morte; e discutimos, ainda, as conseqüências desta “ação” do Ministério supramencionado a partir da escuta das pessoas vivendo com HIV/AIDS em nossas atividades de assistência psicológica. Como suporte teórico utilizaremos os textos do historiador Philippe Áries; do antropólogo Evans Pritchard e da filósofa Susan Sontag, bem como dos significativos textos e artigos de intelectuais que,vivendo com HIV/AIDS naquele período, decidiram não silenciar frente aos inúmerosdesafios da epidemia, sobretudo no que se chamou de “AIDS ideológica”, a exemplo doque fizeram Herbert Daniel, Herbert de Souza e Nestor Eduardo Téson.
This article aims to verify how the equation AIDS = death was built from the huge impact that the disease has had on our society, and what ideas and actions have been used by people living with HIV / AIDS (pvha), activists of the movement. fight against the AIDS epidemic, among others, in order to deconstruct this equation. In this paper we discuss the problem of the beginning of the epidemic and a kind of "pedagogical terrorism" present in the "educative" of the Ministry of Health of Brazil in the 80s and early 90s, which proved inefficient, alarmist and prejudiced generating with it. the idea of AIDS = death; We also discussed the consequences of this “action” of the aforementioned Ministry from listening to people living with HIV / AIDS in our psychological assistance activities. As theoretical support we will use the texts of the historian Philippe Aries; anthropologist Evans Pritchard and philosopher Susan Sontag, as well as the significant texts and articles of intellectuals who, living with HIV / AIDS at that time, decided not to be silent in the face of the many challenges of the epidemic, especially in what was called “ideological AIDS”, the example of what Herbert Daniel, Herbert de Souza and Nestor Eduardo Téson did.