Pierre Clastres: liberdade, igualdade e... violência

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ISSN: 2525-5819
Editor Chefe: Samuel Alex Coelho Campos
Início Publicação: 01/06/2015
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Multidisciplinar

Pierre Clastres: liberdade, igualdade e... violência

Ano: 2018 | Volume: 4 | Número: 2
Autores: Alex Fernandes Borges
Autor Correspondente: Alex Fernandes Borges | [email protected]

Palavras-chave: Violência, liberdade, sociedade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No ano de 2017 completam-se quarenta anos da morte do antropólogo francês Pierre Clastres, cujo pensamento sobre a sociedade primitiva abriu horizontes nas décadas de 60 e 70. O presente artigo visa discutir o papel da violência em sua relação com a liberdade e os ideais de igualdade, seja nas chamadas sociedades primitivas, seja nas sociedades modernas, tomando por base suas reflexões e em estreito diálogo com os conceitos de percepção da violência dentro das sociedades ocidentais desenvolvidos pelo filósofo esloveno Slavoj Zizek. A hipótese central é a de que a violência pode ter um papel fundamental como promotora da liberdade e da igualdade social, ao menos dentro da sociedade primitiva, ao contrário do ideologicamente propagado nas sociedades atuais, que vêm nela uma valoração negativa e mesmo oposta à liberdade e à igualdade.



Resumo Inglês:

In the year 2017, forty years of the death of the French anthropologist Pierre Clastres, whose thinking about primitive society opened horizons in the 60s and 70s, is completed. The present article aims to discuss the role of violence in its relation to freedom and the ideals of equality, whether in the so called primitive societies or in modern societies, based on his reflections and in close dialogue with the concepts of perception of violence within the western societies developed by the Slovenian philosopher Slavoj Zizek. The central hypothesis is that violence can play a fundamental role as a promoter of freedom and social equality, at least within primitive society, as opposed to ideologically propagated in today's societies, which see it as negative and even in opposition between violence, freedom and equality