Este artigo é resultado de pesquisas continuadas desenvolvidas no Laboratório de Leitura Crítica da Mídia do PPGCOM - UFG. A partir dos conceitos de grotesco, modernidade; e questões sobre a cidade e a mobilidade urbana, apresenta uma análise sobre a cobertura midiática dos episódios de violência direcionada ao transporte, em especial aos incêndios intencionais de ônibus urbanos. A análise inclui um debate sobre as estratégias do telejornalismo na cobertura destas ações, os gêneros e formatos adotados e como eles refletem esta estratégia, mas também aspectos sobre o enquadramento (ou fremes) e o uso de uma estética do grotesco para consolidar a cobertura da violência urbana. Observouse que as abordagens pontuais do espaço urbano a partir da violência conduzem a um questionamento sobre o Estado, a Cidadania e a Democracia e, de forma indireta, induz a noção da impossibilidade da convivência entre classes e grupos sociais nos espaços urbanos contemporâneos.
This article is the result of continued research developed at the Critical Media Reading Laboratory of PPGCOM - UFG. From the concepts of grotesque, modernity, and questions about the city and urban mobility, presents an analysis on the media coverage of episodes of violence directed at transportation, especially intentional bus fires. The analysis includes a debate about the strategies of telejournalism in covering these actions, the genres and formats adopted and how they reflect this strategy, but also aspects about the framing (or fremes) and the use of a grotesque aesthetic to consolidate the coverage of the urban violence. It was observed that the punctual approaches of the urban space from the violence lead to a questioning about the State, Citizenship and Democracy and, indirectly, it leads to the idea of an impossibility of coexistence between classes and social groups in contemporary urban spaces.