Os diversos contextos contemporâneos assentados no universo tecnológico implicam profundas modificações no quadro social, com intensificação nas décadas de 1960 e 1970 até os dias de hoje. As tecnologias emergentes, ainda promessas em muitas searas, fazem suas primeiras aparições massivas e renovam os panoramas de risco, perigo e ignorância. O padrão de consumo vigente exige um mínimo conhecimento para fins de inclusão da pessoa no campo digital, inclusive para obtenção das diversas benesses virtuais atuais. Vantagens essas convertidas em problemas sob o viés do consumo como do ponto de vista democrático quando da personalização ou segmentação dos indivíduos, num dilema paradoxal hodierno a encontrar potencial de quebra por meio da educação cívica articulada, então objeto problema deste artigo de bases metodológicas fundadas na hermenêutica filosófica e fenomenologia hermenêutica. Necessidade de uma inclusão digital qualitativa em detrimento da quantitativa aliado a um maior nível de proteção do consumidor por meio dos seus dados, traduzido na adoção de uma educação transversal em diálogo com dispositivos legais vigentes.