Este artigo visa a apresentar a dimensão do conflito bioético que surge com o agravamento da condição do homem hipermoderno, pelo exercício do poder econômico e pela crescente inserção das ciências biomédicas na lógica do consumo. Como objetivos específicos, a pesquisa buscará oferecer subsídios que permitam fundamentar a dignidade humana à luz deste contexto, bem como discorrerá sobre o fenômeno da medicalização e sobre como a indústria de medicamentos tem ampliado seus domínios para os mais diversos aspectos da existência humana. A justificativa para a pesquisa deve-se à necessidade de fortalecer uma literatura específica no âmbito da bioética, que trabalhe a medicalização, a partir de um aporte filosófico e sociológico, orientado à fundamentação da dignidade humana. Ao fim, serão traçadas perspectivas para o enfrentamento deste desafio bioético estrutural e a pavimentação de um caminho ético no qual seja possível ao indivíduo desenvolver-se de forma autônoma, participativa e solidária em relação à saúde. Quanto à metodologia, utilizou-se as pesquisas exploratória e bibliográfica, de origem nacional e internacional.