Assim, busca-se compreender os vieses do conceito de representações na perspectiva desses autores. O artigo traz as aproximações e as divergências entre os referenciais, sendo a origem das representações na prática cotidiana um dos resultados identificados como ponto em comum entre os três referenciais mencionados. As representações não são manifestações cristalizadas, ao contrário, elas se constroem a partir do concebido, do que se tem à disposição na vida real de acordo com a vivência pessoal do sujeito. São entendidas como classificações e divisões que organizam a apreensão do mundo social como categorias de percepção do real, não são atos e/ou discursos neutros. A partir das representações, é possível compreender as relações de poder existentes nos campos, e as formas de compreensão sobre a realidade, ou seja, a concepção de mundo social e os valores que se defende. As posições ocupadas pelos indivíduos revelam as representações, por isso elas não dependem de vontades individuais para surgirem, mas, sim, de um campo social.