Esta proposta reflexiva buscará contrastar duas abordagens filosóficas que tem a linguagem como protagonista, de personagens de vida contemporânea (Ludwig Wittgenstein e Henri Bergson), e expor a consequência de cada uma delas para a própria função da Filosofia. Além disso, buscarei desenvolver a sugestão de que a confusão entre tempo e espaço que Bergson denunciara parece estar presente nas Investigações de Wittgenstein. Para isso, analisaremos o desenvolvimento argumentativo do percurso que vai até o parágrafo 88 das Investigações filosóficas, e partes pontuais dos dois primeiros capítulos do Ensaio sobre os dados imediatos da consciência, de Bergson, ilustrando posteriormente este texto com a exposição da conferência que este realizara em Oxford, tratando dos temas do movimento e da mudança, que podem ser lidas quase que como um prelúdio da confusão entre tempo e espaço, para que entendamos melhor do que se trata.