O artigo tem o objetivo de discutir sobre mitos construídos culturalmente e a idealização do bom aluno e do mau aluno numa perspectiva neuropsicológica, considerando o construto inteligência e as relações que se estabelecem em sala de aula. Neste sentido, optou-se por uma pesquisa bibliográfica e, diante dos estudos realizados, percebeu-se que se torna relevante desmistificar as concepções construídas socialmente que vinculam automaticamente o comportamento do aluno à inteligência. Ainda há muito que se questionar e discutir, no intuito de apontarmos outros fundamentos que direcionem as pesquisas que envolvam a inteligência na sala de aula, principalmente no que se refere à sua relação com o comportamento, para que possamos contribuir com a prática educacional dos professores. Nesta perspectiva, a escola se vê diante de um desafio que é agregar sua prática teórico pedagógica às contribuições da neuropsicologia, visando a compreensão e melhor direcionamento do potencial de seus alunos. Os professores são, consequentemente, os principais intermediários, recorrendo às estratégias de estudos e de projetos que sinalizem a promoção de um ensino compromissado com as reais necessidades dos alunos, por isso ao compreendemos o processo de aprender, considerando os múltiplos aspectos que o constitui, é possível adotar uma ação pedagógica que considere os diferentes elementos que influenciam a aprendizagem e desenvolvimento do aluno.