RECONHECIMENTO NA VIDA DANIFICADA: HONNETH LEITOR DE ADORNO

Revista Ideação

Endereço:
Av. Transnordestina, s/n
Feira de Santana / BA
440369000
Site: http://periodicos.uefs.br/index.php/revistaideacao/index
Telefone: (75) 3161-8209
ISSN: 2359-6384
Editor Chefe: Laurenio Leite Sombra
Início Publicação: 31/01/1997
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

RECONHECIMENTO NA VIDA DANIFICADA: HONNETH LEITOR DE ADORNO

Ano: 2017 | Volume: 1 | Número: 36
Autores: Carlos César Barros
Autor Correspondente: Carlos César Barros | [email protected]

Palavras-chave: reconhecimento, Axel Honneth, Theodor Adorno.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo se propõe ao estudo do diálogo estabelecido pela teoria do reconhecimento de Axel Honneth com o pensamento de Theodor Adorno. Mais precisamente, dirige seu foco para a proposição de que já haveria em Adorno elementos teóricos que ajudam a compreender o fenômeno da reificação numa perspectiva do reconhecimento. Num primeiro momento, apresenta uma síntese das diferentes leituras que Honneth fez de Adorno num intervalo de aproximadamente trinta anos. Depois, analisa alguns dos principais temas expressos em aforismos adornianos, aos quais Honneth se refere no desenvolvimento de seus argumentos. Duas teses emergem como uma aproximação possível entre os dois autores. A primeira afirma um referencial normativo na infância e na família, baseado na mimese e na intersubjetividade enquanto processos vinculados às noções de experiência, gramática gestual, espontaneidade, ludicidade e utopia. A segunda, derivada do referencial normativo, afirma a patologia social como deperecimento da experiência, danificação da vida, deformação da racionalidade mimética, reificação e sofrimento, sem, no entanto, deixar de encontrar nessas categorias um potencial de resistência. Por fim, o texto menciona algumas críticas à tentativa honnethiana de aproximação com Adorno e destaca a tendência de reconstrução da teoria crítica com base na filosofia da linguagem.



Resumo Inglês:

This paper proposes to study the dialogue established by the theory of recognition of Axel Honneth with the thinking of Theodor Adorno. More precisely, it directs its focus to the proposition that there would already be in Adorno theoretical elements that help to understand the phenomenon of reification in a perspective of recognition. At first, it presents a synthesis of the different readings that Honneth made of Adorno in an interval of approximately thirty years. It then analyzes some of the major themes expressed in Adornian aphorisms, to which Honneth refers in the development of his arguments. Two theses emerge as a possible approximation between the two authors. The first affirms a normative reference in childhood and in the family, based on mimesis and intersubjectivity as processes linked to the notions of experience, gestural grammar, spontaneity, playfulness and utopia. The second, derived from the normative referential, affirms the social pathology as depletion of experience, damage of life, deformation of mimetic rationality, reification and suffering, without, however, failing to find in these categories a potential for resistance. Finally, the text mentions some criticisms to the Honnethian attempt of approach with Adorno and emphasizes the tendency of reconstruction of the critical theory based on the philosophy of the language.