O SERVILISMO TEM QUE MORRER: RESPOSTA A VLADIMIR SAFATLE

Revista Ideação

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ISSN: 2359-6384
Editor Chefe: Laurenio Leite Sombra
Início Publicação: 31/01/1997
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

O SERVILISMO TEM QUE MORRER: RESPOSTA A VLADIMIR SAFATLE

Ano: 2017 | Volume: 1 | Número: 36
Autores: Murilo Seabra, Laura Tolton
Autor Correspondente: Murilo Seabra | [email protected]

Palavras-chave: filosofia brasileira, filosofia no Brasil, metafilosofia, Vladimir Safatle, Rafael Haddock-Lobo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Em fins de 2016, os professores Rafael Haddock-Lobo e Vladimir Safatle mantiveram um debate interessante, apesar de curto, sobre a situação da Filosofia no Brasil. Publicados um tanto discretamente no site da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF), os seus artigos não receberam ainda a devida atenção. O que vamos fazer aqui é defender a posição de Haddock-Lobo contra as investidas de Safatle. A nossa argumentação mostrará que (a) a crítica safatliana não se sustenta (o que não impede que a posição de Haddock-Lobo possa ser criticada por outra via); (b) faz todo sentido colocar a pergunta pela filosofia brasileira nos termos propostos por Haddock-Lobo; (c) o verdadeiro problema da filosofia acadêmica brasileira, ao contrário do que sugere Safatle, não é um problema de campo (o que pode ser mostrado com os argumentos do próprio Safatle); (d) embora Safatle esteja certo em criticar o regime de filiações que caracteriza a filosofia acadêmica brasileira, ele perde de vista o tipo de filiação que realmente importa criticar; (e) finalmente, existe uma afinidade muito maior entre Safatle e Haddock-Lobo do que é possível discernir à primeira vista. Por motivos de espaço, preferimos pressupor uma familiaridade prévia com os artigos de Haddock-Lobo e Safatle (que podem ser facilmente acessado no site da ANPOF) e concentrar os nossos esforços na análise do debate que eles travaram.



Resumo Inglês:

Toward the end of 2016, professors Rafael Haddock-Lobo and Vladimir Safatle held an interesting, albeit short debate on the situation of Brazilian philosophy. Published rather discretely on the website of the Brazilian National Association of Postgraduate Studies in Philosophy (ANPOF), their papers have not yet received the attention they deserve. Here we defend Haddock-Lobo’s position against Safatle’s criticisms. We will show that (a) Safatle’s criticisms lack soundness (of course, one can still find an alternative path in order to criticize Haddock-Lobo); (b) it makes perfect to sense to raise the question concerning Brazilian philosophy in Haddock-Lobo’s terms; (c) contrary to what Safatle suggests, the real problem with Brazilian academic philosophy is not an institutional matter related to the field (which can be shown with Safatle’s own arguments); (d) although Safatle is right in criticizing the filiation regime that characterizes Brazilian academic philosophy, he loses sight of the type of filiation which should really be criticized; (e) finally, there is a much greater affinity between Safatle and Haddock-Lobo than one can gather in a quick glance. A limitation of space forces us to presuppose the reader’s familiarity with Haddock-Lobo’s and Safatle’s papers (which can be easily accessed on the ANPOF website) and to focus our efforts solely on the analysis of their debate.