“A ÁGUA É PRA VIDA E NÃO PRA MORTE”: CRÍTICA SOCIOLÓGICA DO MODELO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NA AMAZÔNIA SETENTRIONAL

Sociologias Plurais

Endereço:
Rua General Carneiro - 9º andar - sala 906 - Centro
Curitiba / PR
80060150
Site: https://revistas.ufpr.br/sclplr
Telefone: (41) 3360-5173
ISSN: 23169249
Editor Chefe: Patricia dos Santos Dotti do Prado
Início Publicação: 05/10/2012
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia

“A ÁGUA É PRA VIDA E NÃO PRA MORTE”: CRÍTICA SOCIOLÓGICA DO MODELO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NA AMAZÔNIA SETENTRIONAL

Ano: 2020 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: Vinícius Barriga Santos
Autor Correspondente: Vinícius Barriga Santos | [email protected]

Palavras-chave: sociologia da Amazônia, conflitos socioambientais, desenvolvimento, amazônia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo objetiva analisar e avaliar, a partir de uma perspectiva sociológica, os impactos socioambientais e econômicos facejados pela população de Ferreira Gomes, município do Estado do Amapá no norte do Brasil, decorrentes da construção das usinas hidrelétricas F. Gomes, C. Nunes e C. Caldeirão ao longo do Rio Araguari localizado no supracitado município, atentando o foco analítico para a dimensão da territorialidade. Para tanto, o itinerário percorrido perpassará por uma caracterização dos pressupostos históricos que fundamentam o modelo de desenvolvimento vigente na Amazônia, para então demonstrarmos suas consequências empíricas a partir de dados colhidos, via observação participante e análise documental, em Ferreira Gomes. Compreende-se que o escopo teórico aqui adotado insere-se nos esforços em consolidar uma “Sociologia da Amazônia”, cujo objetivo consiste em dar fundamentações críticas e dimensionar a esfera político-ideológica dos fatores antropogênicos nos problemas ambientais. Em suma, o artigo em tela consiste em uma análise crítica do modelo desenvolvimentista imposto à região amazônica, problematizando o paradoxo onde o desmatamento, a perda da biodiversidade, os danos às comunidades, os incomensuráveis danos ambientais etc. seriam legitimados e justificados em nome de um suposto “desenvolvimento”.



Resumo Inglês:

This article aims to analyze and evaluate, from a sociological perspective, the socio-environmental and economic impacts faced by the population of Ferreira Gomes, municipality of Amapá state in northern Brazil, resulting from the construction of the hydroelectric power plants F. Gomes, C. Nunes and C. Cauldron along the river “Araguari” located in the aforementioned municipality, paying attention to the analytical focus on the dimension of territoriality. To this end, the itinerary covered will permeate a characterization of the historical assumptions that underlie the current development model in the Amazon, and then demonstrate its empirical consequences from data collected through participant observation and document analysis in Ferreira Gomes. It is understood that the theoretical scope adopted here is part of the efforts to consolidate a “Sociology of the Amazon”, whose objective is to provide critical foundations and to dimension the political-ideological sphere of anthropogenic factors in environmental problems. In short, the article consists of a critical analysis of the developmental model imposed on the Amazon region, problematizing the paradox where deforestation, loss of biodiversity, damage to communities, immeasurable environmental damage, etc. would be legitimized and justified in the name of a supposed "development".