Desejo e culpa na poesia inaugural de Vinicius de Moraes

Opiniães

Endereço:
Av. Prof. Luciano Gualberto, 403, salas 04 e 09 - Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, FFLCH, USP - Butantã / Cidade Universitária
São Paulo / SP
05508-900
Site: http://revistas.usp.br/opiniaes
Telefone: (11) 3091-4289
ISSN: 25258133
Editor Chefe: Comissão Editorial
Início Publicação: 31/12/2009
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

Desejo e culpa na poesia inaugural de Vinicius de Moraes

Ano: 2018 | Volume: 1 | Número: 12
Autores: Natasha Juliana Mascarenhas Pereira
Autor Correspondente: N. J. M. Pereira | [email protected]

Palavras-chave: poesia modernista, Vinicius de Moraes, erotismo, desejo, culpa cristã

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste trabalho, buscamos analisar a primeira poesia de Vinicius de Moraes. Debruçamo-nos, sobretudo, nos dois primeiros livros – O caminho para a distância (1933) e Forma e exegese (1935) –, a fim de investigar um traço marcante de sua poesia erótica no período: a questão da culpa cristã. Após a delimitação de traços comuns à sua poesia inaugural em termos formais e temáticos, selecionamos alguns poemas que exemplificam tais aspectos, sobretudo no que se refere à dualidade entre desejo e culpa, bem como à relação entre o sagrado e o profano. Por fim, dedicamos especial atenção a um poema em que Vinicius desenvolve, por meio de uma alegoria, o conflito em questão, reconhecendo a inutilidade de se tentar negar a própria natureza.



Resumo Inglês:

This paper aims to analyze Vinicius de Moraes’ early poetry. We focus on his first two books – O caminho para a distância (1933, The Road to Distance) and Forma e exegese (1935, Form and Exegesis) –  in order to investigate a striking feature of his erotic poetry in this period: the catholic guilt. After delimitating common traits to his inaugural poetry concerning formal and thematic terms, we selected some poems that exemplify these aspects, especially regarding the duality between sex guilt and desire, as well as the sacred–profane dichotomy. Finally, we devote special attention to a poem in which Moraes develops, through an allegory, this confl ict, recognizing the pointlessness of trying to deny his own nature. For the analysis, we confront the poems with biblical texts and correlate them with ideas from Freudian psychoanalysis and from philosophers such as Nietzsche, Marcuse and Maffesoli.