Na condição histórica de substrato necessário à estratégia mundial da acumulação capitalista, os assim chamados sistemas subnacionais periféricos – como o Brasil e a América Latina – notabilizaram-se por um processo histórico de modernização dependente no campo, o que sugere um forte apego às experiências políticas e econômicas atreladas à ideologia do progresso. O objetivo deste artigo é apresentar e problematizar, mesmo que de maneira preliminar, que os movimentos camponeses tem se mostrado um dos principais agentes de crítica da modernização do campo. A hipótese central é a de que o tema da internacionalização, especialmente no MST – manifestado concretamente na articulação com a CLOC e a Via Campesina – é o alicerce fundamental de um projeto político latino-americano que se liga a outros movimentos populares do campo. Tal projeto fundamenta uma compreensão das dimensões supranacionais da problemática agrária, incorporando, igualmente, outros tópicos – como a biodiversidade e o meio ambiente.
In the historical condition of substrate necessary for the global strategy of capitalist accumulation, the so-called peripheral sub-systems – such as Brazil and Latin America – is notorious for a historical process of modernization depends on the field, which suggests a strong attachment to the political experiences and tied to economic ideology of progress. The aim of this paper is to present and discuss, even in a preliminary way, the movements peasants has proved a major critical agents of modernization of the countryside. The central hypothesis is that the theme of internationalisation, especially in the MST – expressed concretely in conjunction with the CLOC and Via Campesina – and the fundamental building block of a political project latin american that binds to other popular movements in the field. This project establishes an understanding of supranational dimensions of land problems, incorporating also other topics - such as biodiversity and the environment.