O núcleo central da educação comparada (EC) é a alteridade. A disciplina desponta com os albores da globalização, em busca, inclusive, de experiências nacionais exitosas. Em um excurso histórico de mudanças em suas bases teóricas e metodológicas, certas tendências hoje acentuam a avaliação global comparada dos alunos e a transferibilidade mundial de experiências. Acusada de imperialismo cultural ou assumindo posições respeitosas das diferenças, a EC reconhece vantagens e limitações das transferências. Ao contrário da redução a números e fórmulas quase universais, é prudente perspectivar diversas dimensões, inclusive intranacionais, para separar o imanente às culturas do que lhes transcende.