Como uma cidade fronteiriça, definida por acidentes geográficos e disputas geopolíticas, Foz do Iguaçu apresenta diversas características que fazem dela única. O perfil produtivo do município conta com inúmeras vantagens, explica Paiva (2014) e ainda apresenta um potencial que vem sendo subexplorado: o setor turístico. Para este autor, o desenvolvimento desta região poderia ser incrementado com políticas que visassem o turismo, seja por meio de novos atrativos e investimentos ou por características de hospitalidade de infraestrutura urbana que fizessem com que quem está a turismo desejasse ficar um dia a mais. Assim, considerando essas possibilidades Paiva (2014) acredita que o setor público deve assumir essa responsabilidade como condição para elevar a potência de desenvolvimento. No entanto, a história do município já apresenta tentativas de ampliar os “corredores turísticos” realizadas pela gestão pública que acabam por ser altamente segregadoras e excludentes, produzindo uma higienização social dos espaços públicos de interesse econômico e turístico. Desse modo, pondera-se se as estratégias de explorar as atividades relacionadas ao turismo, como meio de desenvolvimento a longo prazo, não acarretaria uma reedição de um projeto urbano que nega o direito a cidade as populações vulneráveis.