A representação feminina nas Ciências Exatas ainda é minoritária. No curso de Física, lócus deste trabalho, as mulheres que conseguem ingressar e progredir no curso e carreira são raras. Com o objetivo de visibilizar a história de sucesso de uma dessas poucas mulheres, considerando as desigualdades de gênero, utilizou-se uma abordagem qualitativa, através da entrevista estruturada com uma jovem doutora, professora substituta de Física de um Instituto Federal de Educação Tecnológica, na Paraíba, envolvendo sua trajetória escolar, acadêmica e profissional. Os resultados apontam uma trajetória difícil, marcada pelo preconceito e discriminação de gênero, pela pressão para mostrar capacidade diante dos homens durante a formação, além das ausências e renúncias pessoais e familiares. No exercício docente, destaca-se o descrédito dos/as estudantes perante uma professora de Física. O projeto de pesquisa foi financiado pelo CNPq.