Este artigo é resultado de observação de campo em turmas de EJA. Nossas questões investigativas são: Quais as mediações pedagógicas possíveis para o efetivo ensino na Educação de Jovens e Adultos - EJA? Estão livres de impasses e contradições? O objetivo geral foi abordar os impasses e as contradições existentes no contexto das escolas da Educação de Jovens e Adultos (EJA), que no âmbito de nossa realidade está a perder espaço significativo de inserção social e de posse do conhecimento para aqueles que em tempo "regular" de suas vidas, não puderam dar seguimento em seus estudos. A atividade de observação de campo foi realizada numa escola estadual de Cruz Alta/RS., onde se verificou práticas didático-pedagógicas realizadas numa turma de Ensino Médio – T9, em aula de Matemática e em aula de História, com distintas mediações pedagógicas. Teórico-metodologicamente laborou-se com estudo de caso, buscando, responder adequadamente às nossas questões investigativas e com autores que investigam a questão EJA no Brasil, os quais estão citados no texto. Como resultado pôde-se, constatar duas situações distintas de mediação pedagógica: uma prática de ensino-aprendizagem alicerçada na didática tradicional (bancária), e outra prática alicerçada no contexto de vida dos alunos. Como resultado do trabalho investigativo: constatamos ser acanhado o número de professores preparados para ministrar aula em turmas de EJA, dada sua especificidade, sendo o processo de mediação pedagógica embasado em decisão pessoal do professor, bem como apuramos rara capacitação dos professores para o exercício de seu trabalho com alunos da EJA, gerando impasses e contradições.