A longevidade e a melhora da qualidade de vida da população idosa produziram reflexos em diversos setores da sociedade, inclusive nas formações familiares. A imagem dos idosos como dependentes, passa a ser relativizada por outras imagens que afirmam o papel do idoso participativo no âmbito social, econômico e afetivo. O objetivo do presente estudo é discutir o papel do idoso na sociedade contemporânea enquanto protetor da infância. A estratégia metodológica adotada foi de natureza qualitativa, com revisão de literatura e utilização dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(CENSO, PNAD e PEA). Os resultados indicam que, não obstante a importância do tema, tímida é a produção científica brasileira a respeito da guarda de crianças e adolescentes por seus avós, entendida como mecanismo de proteção infantil desenvolvido nas relações familiares intergeracionais.