A partir da discussão da simbologia comparativa, que não deve ser confundida com a antropologia simbólica, ficando dela distante, objetiva-se tomar o símbolo como evento, e não como coisa, pois ele tem mais a ver com uma dimensão semântica, que remete ao significado na linguagem e no contexto. Desse ponto de vista, o símbolo ritual torna-se um fator de ação social, com um potencial criador ou inovador da ação humana. As ações de cultura expressiva possuem caráter de sistemas semânticos dinâmicos, ganhando e perdendo significados, pois "viajam através" de um rito ou obra de arte. Entre fenômenos liminares e liminoides, ritos e brincadeiras, pensam-se os subsistemas da cultura expressiva para refletir sobre as experiências de communitas e de flow (fluxo), quando observamos o envolvimento total da pessoa naquilo que ela faz.