O Fervo, a Diversidade Sexual e de Gênero e a Pedagogia da Prevenção

Revista Brasileira de Estudos da Homocultura (REBEH)

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ISSN: 2595-3206
Editor Chefe: Bruna Andrade Irineu
Início Publicação: 01/01/2018
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

O Fervo, a Diversidade Sexual e de Gênero e a Pedagogia da Prevenção

Ano: 2018 | Volume: 1 | Número: 4
Autores: Vinicius Alves da Silva
Autor Correspondente: Vinicius Alves da Silva | [email protected]

Palavras-chave: Festa; Cuidado; Lutas LGBTQI+; HIV/AIDS; Diversidade Sexual e de Gênero.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo apresenta um diálogo entre a pesquisa em HIV/AIDS e o campo teórico-político da diversidade sexual e de gênero. Utilizo como elemento para tal reflexão o estudo etnográfico realizado para a conclusão do Bacharel em Estudos de Gênero e Diversidade denominado “Em Defesa do Fervo: visões etnográficas sobre o surgimento da produção de cuidados no contexto de festas urbanas em Salvador-Bahia Brasil”. Essa contribuição é relevante para a recomposição de estudos e lutas LGBTI+ no país e para o campo histórico que construiu os estudos e respostas à epidemia de AIDS no final dos anos 80 e início dos anos 90 (especialmente sua potente corrente comunitária). No entanto, acredito que essa reaproximação deve ocorrer com a atualização dos nossos olhos e o reconhecimento de novas formas de organização política e protesto social. Eu defendo o fervo como um contexto privilegiado para isso, porque é realizado por jovens, negros, mulheres e pessoas LGBT da periferia. O grupo de coletivos que organiza partidos urbanos politicamente engajados (que eu chamo de Fervo), hoje nos mostra um potencial organizacional e emergente (no sentido de urgência e emergência) de zelador. Argumentamos que seu reconhecimento (deles) pode ajudar no processo de reflexão e oxigenação de nossas estratégias no movimento LGBTI+ no Brasil. Na mesma linha, eles também podem fortalecer o que foi apontado nas recentes produções da ABIA, e seu CEO Richard Parker, sobre a chamada “pedagogia da prevenção” – um novo paradigma social proposto pela entidade para organizar a resposta à epidemia. Propomos aqui a abertura de algumas reflexões envolvendo a ebulição, a diversidade sexual e de gênero e a pedagogia da prevenção.



Resumo Inglês:

This article presents a dialogue between research on HIV / AIDS and the theoretical and political field of sexual and gender diversity. I use as an element for such reflection the ethnographic study carried out for the conclusion of the Bachelor in Gender and Diversity Studies called “In Defense of the Fervo: ethnographic views on the emergence of care production in the context of urban parties in Salvador-Bahia Brazil”. This contribution is relevant to the recomposition of studies and LGBTI + struggles in the country and to the historical field that built the studies and responses to the AIDS epidemic in the late 1980s and early 1990s (especially its powerful community current). However, I believe that this rapprochement must occur with the updating of our eyes and the recognition of new forms of political organization and social protest. I defend the yeast as a privileged context for this, because it is carried out by young people, blacks, women and LGBT people from the periphery. The group of collectives that organizes politically engaged urban parties (which I call Fervo), today shows us an organizational and emerging potential (in the sense of urgency and emergency) of caretaker. We argue that their recognition (of them) can help in the process of reflection and oxygenation of our strategies in the LGBTI + movement in Brazil. In the same vein, they can also strengthen what was pointed out in the recent productions of ABIA, and its CEO Richard Parker, about the so-called “prevention pedagogy” - a new social paradigm proposed by the entity to organize the response to the epidemic. We propose here the opening of some reflections involving boiling, sexual and gender diversity and the pedagogy of prevention.



Resumo Espanhol:

Este artículo presenta un diálogo entre la investigación sobre el VIH / SIDA y el campo teórico y político de la diversidad sexual y de género. Utilizo como elemento para tal reflexión el estudio etnográfico realizado para la conclusión del Bachillerato en Estudios de Género y Diversidad denominado "En defensa del Fervo: visiones etnográficas sobre el surgimiento de la producción asistencial en el contexto de fiestas urbanas en Salvador-Bahía Brasil". Esta contribución es relevante para la recomposición de los estudios y las luchas LGBTI + en el país y para el campo histórico que construyó los estudios y las respuestas a la epidemia de SIDA a fines de los años ochenta y principios de los noventa (especialmente su poderosa corriente comunitaria). Sin embargo, creo que este acercamiento debe ocurrir con la actualización de nuestros ojos y el reconocimiento de nuevas formas de organización política y protesta social. Defiendo la levadura como un contexto privilegiado para esto, porque es realizada por jóvenes, negros, mujeres y personas LGBT de la periferia. El grupo de colectivos que organiza fiestas urbanas políticamente comprometidas (a las que llamo Fervo), hoy nos muestra un potencial organizativo y emergente (en el sentido de urgencia y emergencia) del cuidador. Argumentamos que su reconocimiento (de ellos) puede ayudar en el proceso de reflexión y oxigenación de nuestras estrategias en el movimiento LGBTI + en Brasil. En la misma línea, también pueden fortalecer lo que se señaló en las recientes producciones de ABIA y su CEO Richard Parker, sobre la llamada "pedagogía de prevención", un nuevo paradigma social propuesto por la entidad para organizar la respuesta a la epidemia. Proponemos aquí la apertura de algunas reflexiones que involucran la ebullición, la diversidad sexual y de género y la pedagogía de la prevención.