O presente artigo descreve uma vivência da II expedição amazônica organizada e executada por discentes e docentes do Programa de Pós- Graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia. Busca analisar as relações culturais afro-indígenas da bacia do Rio Trombetas, através de um olhar sensível sobre a cerâmica Konduri, praticada por comunidades indígenas do baixo amazonas, que na convivência com os cativos nos quilombos, enraizaram no saber fazer desse povo. Na concretude deste intento foi realizado trabalhos de campo as comunidades quilombolas do Moura e Boa Vista localizados no município de Oriximiná -PA. Foi possível restrito fotográfico das cerâmicas e entrevista com artesões e artesãs dessa cultura milenar na casa do artesão, esp aço no qual esse saber-fazer, social e histórico é repassado de geração a geração. Sendo assim, foi possível constatar que os quilombolas reconhecem-se, como povos de “sangue misturados”, tendo na prática da cultura Konduri uma importância na sua formação étnico-cultural como também um elemento de resistência e luta pelos seus direitos constitucionais.
In this article I describe an experience of the 2nd Amazon expedition organized and carried out by stud ents and professors of the Postgraduate Program in Geography of the Federal University of Rondônia. I seek to analyze the Afro -Indian cultural relations of the Trombetas River basin, through a sensitive look at the Konduri pottery, relations practiced by i ndigenous communities of the low Amazonas, who, in the coexistence with the captives in the quilombos, rooted in the know -how of this people. In the concreteness of this intent, the quilombola communities of Moura and Boa Vista were located in the municipa lity of Oriximiná-PA. It was possible to photographic restricted of the ceramics and interview with artisans and craftsmen of this millenarian cult ure in the house of the artisan, space in which this know -how, social and historical is passed on from genera tion to generation. Thus, it was possible to observe that the quilombolas recognize themselves as "mixed blood" peoples, having in the practice of the Konduri culture an importance in their ethnic-cultural formation as well as an element of resistance and struggle for their constitutional rights.