O livro Constantinopla, do escritor italiano Edmondo De Amicis (1846-1908), aborda a viagem do escritor à capital do Império Otomano em 1874 e se insere em um tema singular no campo literário a partir do século XVIII: os livros de viagem sobre o Oriente. Este artigo tem como proposta analisar o modo como o escritor tentou apreender na sua narrativa de viagem à capital do Império Otomano e as dificuldades que a narrativa apresenta para retratar a cidade. Um desses problemas está no fato de que cidade se organiza, no seu urbanismo e na vida urbana, de modo diferente dos parâmetros europeus modernos; outra dificuldade está no fato de que o narrador não consegue separar a sua descrição das inúmeras leituras fantasiosas sobre o Oriente que autor tinha realizado, antes de chegar à cidade.
The book Constantinople, by the Italian writer Edmondo De Amicis(1846-1908), deals with the writer journey to the capital of the Ottoman Empire in 1874 and is inserted in a singular theme in the literary field from the eighteenth century: travel books about the East. This article aims to analyze how the writer tried to apprehend in his travel narrative the capital of Ottoman Empire and the difficulties that the narrative presents to portray the city. One of these problems lies in the fact that the city is organized, in its urban planning and urban life, differently from modern European parameters; another difficulty lies in the fact that the narrator can not separate his description from the innumerable fanciful readings on the East that the author had made before arrive the city.