O efeito de múltiplas variáveis na percepção sociolinguística

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ISSN: 1980-1858
Editor Chefe: Kelcilene Grácia-Rodrigues
Início Publicação: 01/08/2005
Periodicidade: Trimestral

O efeito de múltiplas variáveis na percepção sociolinguística

Ano: 2019 | Volume: 15 | Número: 31
Autores: Ronald Beline Mendes
Autor Correspondente: R. B. Mendes | [email protected]

Palavras-chave: percepção sociolinguística, estilo. /e/ nasal, concordância nominal. Coda /-r/

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Com base na concepção de estilo como um conjunto de variantes linguísticas empregadas de maneira socialmente significativa (PODESVA, 2006; ECKERT, 2012), bem como na propriedade da combinatoriedade de variantes (ECKERT, 2016), este artigo discute os resultados de um experimento de percepção sociolinguística cujos estímulos auditivos combinam: a pronúncia de /e/ nasal em posição tônica (como um ditongo ou um monotongo), a concordância nominal de número e a pronúncia da coda (-r) como tepe ou retroflexo. A pergunta que motiva o experimento é de natureza teórica: variáveis de diferentes naturezas (fonéticas e gramaticais, por exemplo) podem ter um efeito interativo nas nossas percepções acerca dos falantes que ouvimos? A resposta a que chega o artigo é afirmativa, mas as evidências não são robustas (na medida em que os contraexemplos são mais numerosos). A partir da discussão dos resultados, o artigo propõe encaminhamentos possíveis para a continuação dos estudos interessados nessa questão.



Resumo Inglês:

Drawing on the notion of style as a cluster of linguistic variants employed socially meaningfully (PODESVA, 2006; ECKERT, 2012), as well as on the property of combinativeness of variants (ECKERT, 2016), this paper discusses the results of a sociolinguistic perception experiment in which the sound stimuli combine: the pronunciation of stressed nasal /e/ (as a diphthong or a monophthong), nominal number agreement, and the pronunciation of coda (-r) as a tap or a retroflex. The question that motivates the experiment is theoretical: can variables of different natures (phonetic and grammatical, for example) have an interactive effect in our perceptions of speakers? The answer reached by the article is affirmative, but the evidence is not robust (that is, counterexamples are more numerous). In discussing the results of such an experiment, the article proposes possible ways to continue the study of these issues