Este artigo objetiva problematizar a maneira como o livro didático de língua inglesa, integrante do Programa Nacional do Livro Didático 2012, se apropria do discurso sobre as “novas” tecnologias de modo a entrever o imbricamento entre as representações sobre as próprias tecnologias, o aluno e sobre o processo de ensino e aprendizagem de LI. A análise, com respaldo teórico-metodológico na perspectiva discursivo-desconstrutivista (CORACINI, 2010), empreendida na materialidade linguística verbal e não verbal, possibilitou rastrear representações sobre as tecnologias como sendo “novos” dispositivos de controle e de incentivo ao consumo, o que aponta para o discurso do capitalista (LACAN, 1992), marcando a efemeridade e a desterritorialização nas relações do sujeito com os objetos tecnológicos. Ainda, sobre o aluno, ecoaram representações como sendo nativo digital; sobre o processo de ensino e aprendizagem de LI, as relações de poder-saber são reforçadas em uma ordem de progressão e hierarquização e; os exercícios didático-pedagógicos, como sendo frágeis, simplicistas, sem demandar habilidades interpretativas e posicionamentos críticos de análise, por parte do aluno.
This research aimed at discussing how a teaching material collection of English language - component of the National Textbook Program 2012 (PNLD 2012, in its acronym in Portuguese) - appropriates the discourse on new technologies in a way that it was possible to glimpse the interweaving of the representations of new technologies, student and the teaching and learning process of English language. The analysis, with theoretical framework in a perspective called discursive-deconstructivist (CORACINI, 2010), undertaken in the verbal and non-verbal linguistic materiality, made it possible to trace representations about technologies as being "new" devices of control and incentive to consumption, which points to the discourse of capitalist (LACAN, 1992), marking the ephemerality and deterritorialization in the relations of the subject with the technological objects. Also, representations echoed on the student as being digital native; on the teaching and learning process of English Language, the power-knowledge relations are reinforced in an order of progression, and hierarchization and; the didactic-pedagogical exercises, as being fragile, simplicist, without demanding interpretative skills and critical positions of analysis by the student.
Se objetiva, con este artículo, problematizar la manera como el libro didáctico de lengua inglesa, integrante del Programa Nacional del Libro Didáctico 2012, se apropia del discurso sobre las "nuevas" tecnologías para entrever la imbricación entre las representaciones sobre las propias tecnologías, el alumno y sobre el proceso de enseñanza y aprendizaje de LI. El análisis, con respaldo teórico-metodológico en la perspectiva discursivodeconstructivista (CORACINI, 2010), emprendida en la materialidad lingüística verbal y no verbal, posibilitó rastrear representaciones sobre las tecnologías como siendo "nuevos" dispositivos de control y de incentivo al consumo, lo que apunta al discurso del capitalista (LACAN, 1992), marcando el efímero y la desterritorialización en las relaciones del sujeto con los objetos tecnológicos. En cuanto al alumno, resonaron representaciones como nativas digitales; sobre el proceso de enseñanza y aprendizaje de LI, las relaciones de poder-saber se refuerzan en un orden de progresión y jerarquización y; los ejercicios didáctico-pedagógicos, como frágiles, simplicistas, sin demandar habilidades interpretativas y posicionamientos críticos de análisis, por parte del alumno.