Definir “língua” é tarefa bastante complexa e, quando envolvida nos atos discursivos diários, sua conceituação se torna ainda mais difícil. Sabe-se que são muitas as vertentes da linguística e da gramática que a teorizam, e se compreende que, sendo um fato, o indivíduo pode utilizá-la com vários propósitos, até mesmo para atribuir estereótipos a outros usuários, em função do uso que fazem dessa faculdade. Desta forma, o presente artigo visa à discussão do que se concebe como língua e, além disso, do que se reflete e se refrata de sua ideia, no discurso dialógico nos meios de atividade em que esse fenômeno acontece, principalmente nas redes sociais, contexto sobre o qual se baseia a metodologia deste trabalho. Pensando-se em alguns tópicos da teoria bakhtiniana, foram compiladas para análise algumas imagens da página Língua Portuguesa, no Facebook, objetivando constatar o discurso de preconceito e pedantismo como reflexo de outros discursos anteriores, a exemplo do fazer docente e do dizer teórico nas gramáticas normativas. Perante as observações, acredita-se que o ensino de gramática seja grande porta-voz no dizer e no fazer do professor, que leva o ensino da variável normativa ao aluno, trazendo-lhe reflexos em suas ações cotidianas, com noções de certo e errado. No entanto, é possível que haja mudanças significativas, no momento em que a língua for repensada não apenas como sistema de normas, mas também como atos discursivos individuais e incessantes que fazem parte da organização socioideológica em que se inserem.
Defining language is a very complex task and it's even more difficult to conceptualize it when it's involved in the daily discoursive acts. It's know that there are several branches of grammar and linguistics that are trying to theorize it, and we can comprehend from this fact that the individual can utilize it for a number of purposes, in fact it can be used to attribute stereotypes to other language users based in they linguistics choices. Therefore, this paper aims to argument about the concept of language, furthermos, it aims to extract what can be reflected and refracted from it's ideia in the dialogic discourse in the activities that this phenomenon happens, specially in the social networks, where this paper will focus. Starting from some topics of Bakhtin Circle, it has been compiled some screenshots from the facebook page Língua Portuguesa to be analysed in order to verify the hate speech and pedantry as a reflex of the discourse from early discourses, as, for example, the normative grammar and the teaching staff that disseminates it as the only true way of expression. In the face of the observations, it's believed that the teaching of grammar might be the spokesman in the do and say of the teachers, bringing its normative variant to the students, bringing along reflections in their ordinary actions with a notion of write and wrong. Yet it's possible that there is significative changes in the moment that the language is re-evaluate, not as mere code system, but as individual and continuous discoursive acts that get in on the socioideological organization it is located.