Arquétipos do velho sábio e do peregrino nos Relatos de um Peregrino Russo

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ISSN: 1980-1858
Editor Chefe: Kelcilene Grácia-Rodrigues
Início Publicação: 01/08/2005
Periodicidade: Trimestral

Arquétipos do velho sábio e do peregrino nos Relatos de um Peregrino Russo

Ano: 2018 | Volume: 14 | Número: 26
Autores: Victor Hugo Pereira de Oliveira, Wiliam Alves Biserra
Autor Correspondente: V. H.P. de Oliveira, W. A. Biserra | [email protected]

Palavras-chave: hagiografia, psicologia analítica, cristianismo ortodoxo, mística

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo analisa os arquétipos do velho sábio e do peregrino em dois personagens dos Relatos de um Peregrino Russo. Para tanto, será estudado o conceito de arquétipo à luz da obra de C. G. Jung e comentadores. Será feita, também, uma recensão destes dois arquétipos nas obras de Valentin Tomberg, Sallie Nichols e Paul Marteau dedicadas ao estudo dos arcanos maiores e menores do tarô. O tarô, conforme os autores supracitados, configura-se como um sistema de arquétipos condensados. Os Relatos de um Peregrino Russo, que são um clássico espiritual da Igreja Ortodoxa Russa, contam, em forma hagiográfica e autobiográfica, a história de um peregrino anônimo que dedicara o resto dos seus dias à busca de conhecimento espiritual. E, em tal busca, o peregrino acaba encontrando um Starets que, na tradição do cristianismo russo, é um monge ancião procurado pelas pessoas em busca de conselhos. Viu-se, portanto, que cada um destes personagens se encaixa em um dos arquétipos propostos para este artigo. O peregrino encarnaria o arquétipo do peregrino, enquanto que o Starets encarnaria o arquétipo do velho sábio. Sendo assim, este trabalho procura ilustrar a interface entre a teoria literária, a espiritualidade e a psicologia analítica.



Resumo Inglês:

O presente artigo analisa os arquétipos do velho sábio e do peregrino em dois personagens dos Relatos de um Peregrino Russo. Para tanto, será estudado o conceito de arquétipo à luz da obra de C. G. Jung e comentadores. Será feita, também, uma recensão destes dois arquétipos nas obras de Valentin Tomberg, Sallie Nichols e Paul Marteau dedicadas ao estudo dos arcanos maiores e menores do tarô. O tarô, conforme os autores supracitados, configura-se como um sistema de arquétipos condensados. Os Relatos de um Peregrino Russo, que são um clássico espiritual da Igreja Ortodoxa Russa, contam, em forma hagiográfica e autobiográfica, a história de um peregrino anônimo que dedicara o resto dos seus dias à busca de conhecimento espiritual. E, em tal busca, o peregrino acaba encontrando um Starets que, na tradição do cristianismo russo, é um monge ancião procurado pelas pessoas em busca de conselhos. Viu-se, portanto, que cada um destes personagens se encaixa em um dos arquétipos propostos para este artigo. O peregrino encarnaria o arquétipo do peregrino, enquanto que o Starets encarnaria o arquétipo do velho sábio. Sendo assim, este trabalho procura ilustrar a interface entre a teoria literária, a espiritualidade e a psicologia analítica.