Andrei Tarkovski e Age de Carvalho: o testemunho místicopoético

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ISSN: 1980-1858
Editor Chefe: Kelcilene Grácia-Rodrigues
Início Publicação: 01/08/2005
Periodicidade: Trimestral

Andrei Tarkovski e Age de Carvalho: o testemunho místicopoético

Ano: 2018 | Volume: 14 | Número: 26
Autores: Mayara Ribeiro Guimarães, Elizier Junior Araújo dos Santos
Autor Correspondente: M.R. Guimarães, E. J. R. dos Santos | [email protected]

Palavras-chave: cinema, poesia contemporânea, Andrei Tarkovski, Age de Carvalho

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Cinema e literatura sempre foram caminhos marcados por diálogos, intercruzamentos e traduções. Nesta envoltura, o artista dilui-se na linguagem, voltando-se para o mundo e para si, a fim de recuperar o sentido pelo qual nos tornamos humanos. À luz desta coreografia de múltiplas relações, trazemos o diálogo intersubjetivo entre a película Nostalgia (1983), do cineasta russo Andrei Tarkovski, e um poema, de título homônimo, da obra Ainda: em viagem (2015), do poeta paraense Age de Carvalho. Propõe-se, portanto, uma leitura interpretativa e dialógica das duas criações, perscrutando as marcas da memória, do tempo e do sagrado, adensadas no testemunho místico-poético em cada uma delas, com o aporte teórico de Agamben (2010), Otto (2005), Paz (2012) e do próprio Tarkovski (1998).



Resumo Inglês:

Cinema and literature have always been pathways crossed by dialogues, references and translations. In this juxtaposition, the artist is diluted in language, turning his attention to the world and to himself, in order to recover the sense by which we become human. In the light of this choreography of multiple relations, this article discusses the intersubjective dialogue between the film Nostalgia (1983), by the Russian filmmaker Andrei Tarkovski, and a poem, with a homonym title, from the book Ainda: em viagem (2015), by the contemporary poet Age de Carvalho. An interpretative and dialogic reading of both pieces is therefore proposed, discussing the marks of memory, time and the sacred, which are intensified in the mystical-poetic testimony of both workpieces, using Agamben (2010), Otto (2005), Paz (2012) and Tarkovski himself (1998) as theoretic references.