O artigo analisa o contexto da contrarreforma do Ensino Médio, suas implicações para a Educação Profissional e sua inserção num quadro maior de contrarreformas que marcam um novo circuito histórico para a Educação Profissional no Brasil. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental, que se utiliza das categorias teóricas de hegemonia de Gramsci (1991), bem como do conceito de politecnia de Saviani (1989), da compreensão de Escola Politécnica de Pystrak (2005) e de formação humana integrada de Moura, Lima Filho e Silva (2015), para analisar a Contrarreforma do Ensino Médio paralelamente à reforma trabalhista e a Emenda constitucional de congelamento dos Gastos Públicos e suas implicações para a sociedade brasileira, em especial seus reflexos para a Educação Profissional. Conclui-se que apesar da contrarreforma do Ensino Médio estar alinhada com as demais reformas empreendidas pelo Estado brasileiro e que esta aprofunda um quadro histórico de dualidade na educação brasileira, esse processo, por ser político, por trazer em seu cerne os prolegômenos do pensamento hegemônico com as contradições da lógica capitalista corresponde a um espaço para lutas, resistência e mobilização da sociedade por seus direitos inalienáveis.