Poema: voz e palavra

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Editor Chefe: Kelcilene Grácia-Rodrigues
Início Publicação: 01/08/2005
Periodicidade: Trimestral

Poema: voz e palavra

Ano: 2015 | Volume: 11 | Número: 21
Autores: Maria Rosa Duarte de Oliveira
Autor Correspondente: M. R. D. de Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: poema, corpo, voz, performance, escrita caligráfica

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Trata-se de pensar o poema, na esteira de Paul Zumthor, como partitura a ser vocalizada, encenada, de modo a fazer da escrita voz. Isso implica um outro tipo de escrita que Zumthor denomina caligráfica, não no sentido de Appolinaire exatamente, mas como uma escrita que fala ao corpo todo: visão, audição, imaginação e reflexão a um só tempo. O ritmo, os cortes dos versos, os enjambements , aliados às imagens são a respiração e a pulsação do poema como presença e não-representação que é preciso perceber e processar, mesmo na leitura silenciosa, que é mais performance, no aqui e agora do ato perceptivo, do que interpretação intelectiva. Estudiosos do poético como Valéry, Alain Badiou , Agamben e Paul Zumthor fornecerão chaves teóricas preciosas para esta reflexão, bem como poetas-críticos como é o caso de Marcos Siscar.



Resumo Inglês:

In this article we think the poem, in the wake of Paul Zumthor, as score to be vocalized, staged, in order to turn writing into voice. This implies another kind of writing that Zumthor calls calligraphic, not exactly in the sense of Appolinaire, but as a writing that speaks to the whole body: sight, hearing, imagination and reflection at the same time. The rhythm, the cuts of the verses, the enjambments, allied to images are the breathing and the heartbeat of the poem as presence and non-representation that is necessary to realize and process, even in silent reading, that is more performance, in the here and now of the perceptive act, than intellectual interpretation. Scholars of the poetic as Valéry, Alain Badiou, Agamben and Paul Zumthor will provide valuable theoretical keys to this reflection, as well as poets-critics such as Marcos Siscar.